Ligia Teixeira e Francisco Benvenuto são os idealizadores, diretores artisticos e curadores das mostras de convocatórias do 1º Pan-Cinema Experimenta – Festival Internacional de Cinema Experimental de Curitiba.
Lígia Teixeira é uma cineasta de Curitiba. Seus trabalhos já foram apresentados em mostras e festivais no Brasil e no exterior, entre eles a Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitba, no Museu Municipal de Arte de Curitiba, na Mostra Strangloscope, no Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina, no Dobra – Festival Internacional de Cinema Experimental, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e no Festival Internacional de Videoarte de Camaguey, em Cuba. Seu objeto de pesquisa é o cinema experimental e processos fílmicos analógicos.
Francisco Benvenuto é um artista e cineasta brasileiro. Autor da animação Tango, filme premiado nacional e internacionalmente. Seus filmes já passaram por renomados festivais como o DokLeipzig na Alemanha, Animafest Zagreb na Croácia, Festival do Novo Cinema Latino Americano de Havana em Cuba, além de receber uma indicação ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2016. Como artista visual, suas obras já circularam pela Bienal de Arte Contemporânea de Curitiba, Museu de arte Contemporânea de Blumenau, Museu da Imagem e do som de Florianópolis – MIS, MAM – Museu de arte Moderna do Rio de Janeiro entre outros.
Tetsuya Maruyama nasceu em Yokohama, no Japão, em 1983 e é um artista cuja prática multidisciplinar inclui filme, performance, instalação e tudo entre. O trabalho de Maruyama parte da re-contextualização de materiais e texturas comuns encontrados, como registro de suas observações cotidianas.
Seus trabalhos foram exibidos em festivais, galerias e museus, como Alchemy Film and Moving Image Festival, Traverse Vidéo, MUTA, XXVII Slavonian Biennial, Kurtzfilm Hamburg, Dobra, Dresdner Schmalfilmtage, Jihlava IDFF, Istanbul International Experimental Film Festival, Mono no Aware, Bienal de Imagen en Movimiento, Cinemateca Uruguaya, Stuttgart Filmwinter, entre outros.
É doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com período sanduíche na Université Sorbonne Nouvelle – Paris 3. É membro-fundador da plataforma RISCO Cinema e um dos organizadores do DOBRA – Festival Internacional de Cinema Experimental. Em 2019 fez a curadoria do “GastProgramm Brazil” – VIDEOEX – International Experimental Film & Video Festival Zurich – Suíça. Organizou retrospectivas como “Feitiçarias, químicas e bytes: janelas da animação experimental no Brasil” (MAM/RJ), “O cinema de John Akomfrah – Espectros da Diáspora” (CCBB), “Filmar Kafka” (SESC-SP), entre outras. Atua como professor de cursos de artes e cinema. Em 2022 publicou na França a antologia Expanded Natures – Écologies du cinéma expérimental (Ed. Light Cone).
Nosso trabalho tem origem tanto na pesquisa continuada sobre o campo das artes audiovisuais experimentais quanto na criação de vídeos, filmes e performances de projetores multimídia experimentais. A atração pela montagem, pela matéria fílmica e sua composição e diferentes modos de gerar outros mundos nos atraiu para o cinema experimental. Encontramos em sua potência libertária e anti sistema uma forma de nos afastarmos de vez dos métodos e modos de produção industrial do cinema convencional. Nosso trabalho, em grande parte, lida com as fusões, sobreimagens, colagens, etc como criação de um labirinto espacial e temporal em que se desfazem as ordenações sequenciais narrativas e passam a cohabitar as imagens como num mise en abyme, com o objetivo de perda referencial e multiplicidade de leituras. A criação nos levou ao trajeto natural dos que encontram no coletivo um modo de permanecer atuantes e acolhidos, a organização de mostras e oficinas para exibição e debate de vídeos e filmes experimentais de outros artistas. Hoje estamos na 14a edição da Strangloscope – Mostra Internacional de Áudio, Vídeo, Filme e Performance Experimental, na 2a edição do Festival Inflamável – Festival de Curtas-metragens Experimentais em Tomada Única de Super 8 e apresentaremos a 1a edição da Audiovisão – Mostra de Som e Vídeo Experimental. Estes intercâmbios e convivências artísticas, frutos das nossas pesquisas e trabalho continuado também geraram convites para nossas curadorias para outros festivais e mostras como para o Cine Esquema Novo, de Porto Alegre, para o Curta Oito, de Curitiba, para o ULTRACINEMA, do México, para o Videoart Miden, da Grécia, para o FONLAD, de Portugal, etc e, agora, para a primeira edição do PAN.
Raju Roychowdhury é um físico teórico e ávido cinéfilo que cresceu em Calcutá, na Índia, e atualmente tem base em São Paulo, onde trabalha na Universidade de São Paulo como pesquisador.
Colaborou com a Assembleia de Pesquisa em Cinema e Imagem em Movimento (CAMIRA) e contribuiu com artigos relacionados a filmes para as revistas digitais Kinoscope, La Furia Umana, Cinema Experimental, entre outros. É curador do TENT Little Festival Internacional de Cinema para Filmes Experimentais e Novas Artes de Mídia, em Calcutá.
Também organizou sessões para o Cineclube Fisica no IFUSP e no CINUSP. Em 2019, organizou um programa de Cinema de Prayoga, uma aventura no cinema indiano da vanguarda, para a Mostra Strangloscope, em Florianópolis.